Exposição “Amazônia” no Sesc Pompeia

“Monte Roraima, Parque Nacional do Monte Roraima, Terra Indígena Raposa Serra do Sol (RR)” (2018). Foto: Sebastião Salgado

O Sesc Pompeia realiza até o próximo dia 31 de julho, a exposição “Amazônia”, que reúne cerca de 200 fotografias de Sebastião Salgado, resultado de sete anos de trabalho do fotógrafo em solo amazônico. Além das imagens, a exposição trará vídeos com depoimentos de lideranças indígenas sobre a importância da Amazônia e os problemas enfrentados atualmente para a permanência na floresta.

Depois de ter encerrado a sua exploração fotográfica mundo afora da natureza intacta, que culminou no ótimo trabalho intitulado Gênesis, Sebastião Salgado concentrou suas atenções para a região da Amazônia. Disposto para realizar esse propósito, ele permaneceu longas temporadas juntamente com doze comunidades indígenas isoladas do bioma, navegou pela imensidão da Rio Amazonas e seus afluentes, sobrevoou a floresta tropical.

Ao todo, depois de sete anos de trabalho, e muitos registros, o visitante do Sesc Pompeia tem a oportunidade de contemplar belas imagens. A curadoria da exposição é de Lélia Wanick Salgado. Antes de ingressar na capital paulista, a mostra passou por Paris, Roma e Londres e, após a exibição em São Paulo, irá para o Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, a partir de 19 de julho e ficará em cartaz até 29 de janeiro de 2023.

A curadora acrescenta que a exposição é um mergulho no coração da Amazônia e um convite para ver, ouvir e refletir sobre o futuro da biodiversidade e a necessidade de proteger os povos indígenas e o e o ecossistema.

A mostra ainda permite conferir projeções de fotografias, compostas por paisagens florestais musicadas pelo poema sinfônico “Erosão – Origem do Rio Amazonas”, de Heitor Villa-Lobos, com quase 20 minutos de duração, e retratos de populações indígenas, com composição especial de Rodolfo Stroeter.

Entre as imagens que chamaram atenção está a da “Bela Yawanawá, da Aldeia Mutum, com cocar e rosto pintado”, da terra indígena do Rio Gregório (AC), de 2016; o “Monte Roraima, Parque Nacional de Monte Roraima, Terra Indígena Raposo Serra do Sol (RR)” (foto), de 2018; a projeção “Retratos”, com 18’08” de duração; e ainda um espaço destinado ao Instituto Terra, ONG criada por Lélia e Sebastião Salgado, que possui três fotos e um vídeo.

SERVIÇO:
Exposição: Amazônia
Onde: Sesc Pompeia – Rua Clélia, 93 – Pompeia
Quando: até 31/07/2022; de *terça a sábado, das 10h às 21h; domingos e feriados, das 10h às 18h
Quanto: entrada gratuita
* Acesso sujeito à lotação do espaço

Por Jorge Almeida



2ª edição da Semana da Cena Italiana Contemporânea – SCENA chega ao Sesc Pompeia, com produções femininas inéditas no Brasil *

Créditos: divulgação

De 10 a 15 de maio de 2022

A programação conta com os espetáculos Gentil Unicórnio (Gentle Unicorn) e O Animal (L’Animale), ambos de Chiara Bersani, Tiresias, de Giorgina Pi/Bluemotion, e Curva Cega (Curva Cieca), de Muna Mussie; além de rodas de conversas após os espetáculos

De 10 a 15 de maio, o público brasileiro poderá conhecer quatro produções cênicas italianas inéditas no Brasil. A parceria entre o Sesc São Paulo e o Instituto Italiano de Cultura de São Paulo realiza a segunda edição de SCENA, Semana da Cena Italiana Contemporânea, com a exibições de espetáculos concebidos e dirigidos por mulheres, no palco do Sesc Pompeia.

Espetáculos
A programação conta com os espetáculos Gentil Unicórnio (Gentle Unicorn) e O Animal (L’Animale), ambos de Chiara Bersani, Tiresias, de Giorgina Pi/Bluemotion, e Curva Cega (Curva Cieca), de Muna Mussie; além de rodas de conversas após os espetáculos.

Uma amostra do que vem sendo apresentado nos palcos italianos na cena de teatro contemporânea vai poder ser conferida pelo público paulistano. SCENA – Semana da Cena Italiana Contemporânea chega à segunda edição, no Sesc Pompéia, entre 10 e 15 de maio, com exibição de quatro espetáculos, que poderão ser vistos pela primeira vez no Brasil.

Integram o evento as peças: Gentil Unicórnio e O Animal, de Chiara Bersani, Tiresias, de Giorgina Pi/Bluemotion, e Curva Cega, de Muna Mussie. Cada peça terá duas apresentações.

Os dois espetáculos de Chiara Bersani – O Animal e Unicórnio Gentil – fazem um contraponto entre si, um mais sombrio e o outro mais luminoso. Ambos utilizam o corpo para representar emoções mais profundas, como questões de identidade, de lugar na sociedade, de corpos atípicos, entre outras discussões.

Tiresias, com texto da poete e rapper londrina Kae Tempest, traz no título um dos personagens do mito grego de Édipo. Na história, ele se transforma em mulher para descobrir qual gênero tem mais prazer. A criação de Giorgina Pi/Bluemotion trata dos atravessamentos da sexualidade.

E Curva Cega, da artista Muna Mussie, natural da Eritreia (antiga colônia Italiana na África), questiona o lugar da pessoa negra na cena teatral europeia. O espetáculo é falado em tigrínio – um idioma antigo, tanto quanto o aramaico e o hebraico, ainda muito praticado na Etiópia e na Eritreia – e trata de como as palavras são escutadas e entendidas e, sem falar explicitamente, racismo.

Este ano, o foco do Scena é a produção artística feminina italiana, reunindo dramaturgas, diretoras, pensadoras e realizadoras que transitam entre a cena performativa, as artes visuais, a formação artística e acadêmica e o ativismo político e artístico, especialmente os que dizem respeito aos lugares de empoderamento das vozes femininas, protagonismo, lutas e visibilidade.

A curadoria da SCENA – Semana da Cena Italiana Contemporânea é de Rachel Brumana e a produção da Superfície de Eventos. A realização é do Instituto Italiano de Cultura de São Paulo e do Sesc SP.

Um pouco mais sobre os espetáculos
Serão apresentados quatro trabalhos, de três criadores. A maioria inéditos na América Latina.

Os espetáculos selecionados para compor este panorama das artes cênicas na Itália nos últimos anos destacam-se por grande reconhecimento por parte da crítica, acumulando diversos prêmios. O evento faz um recorte de uma produção atual, com uma evidente força do protagonismo feminino e temas relacionados ao corpo e suas diversidades, ao pertencimento, migrações e o combate à violência contra a mulher.

Dois dos trabalhos mais contundentes da dramaturga, diretora e performer Chiara Bersani estarão presentes na SCENA. São eles: o premiado Gentil Unicórnio e o mais recente, O Animal, criado durante a pandemia.

Sozinha em cena em Gentil Unicórnio, Chiara Bersani dá corpo a este mítico animal a partir de sua própria fisicalidade. O espetáculo aborda a figura e a imagem do unicórnio a partir de sua própria fisicalidade. A artista apresenta uma coreografia em que o unicórnio se move com pequenos gestos que são amplificados graças à sua qualidade interpretativa.

Em O Animal, Chiara investiga a alma como um lugar de movimento e transformação. Como o conceito de um ‘cisne’, a artista questiona o que se passa no mais profundo eu.

Em Curva Cega, a atriz, diretora e dramaturga Muna Mussie trata de identidade, linguagem, invisibilidade e ancestralidade. Em cena estão Muna e a voz de um jovem também de origem eritreia. Muna é uma mulher negra, de origem eritreia e radicada na Itália desde a infância.

Feminista, ativista política, pesquisadora acadêmica, diretora, gestora do espaço independente Angelo Mai, em Roma, Giorgina Pi é uma icônica e multiartista italiana. À frente da companhia Bluemotion, ela apresenta Tiresias, a partir da dramaturgia radical e potente da britânica Kae Tempest. A obra vem sendo considerada uma das mais expressivas do teatro italiano e recebeu quatro prêmios UBU (o mais importante do teatro italiano).

Um pouco mais sobre a Scena
A primeira edição da mostra SCENA – Semana da Cena Italiana Contemporânea em São Paulo aconteceu em outubro de 2019, também no Sesc Pompéia.

A mostra apresentou três trabalhos de companhias e artistas representativos da vanguarda do teatro e da dança na Itália: Fanny&Alexander, Alessandro Sciarroni e Marco d’Agostin, jogando luz sobre a diversidade da cena italiana e as transversalidades entre teatro, literatura, dança e circo, com um recorte que se aprofundava na temática dos afetos, da amizade e da resiliência.

Programação
>>> 10 e 11 de maio | Terça e quarta-feira, às 20h (com intervalo)
Curva Cega (Curva Cieca)
Em Curva Cega, Muna Mussie trabalha com Filmon Yemane, um menino eritreu que vive atualmente em Bolonha e é cego desde os 12 anos. Sua performance trata da descoberta da língua materna de Muna através de um diálogo feito de palavras, sinais e mudanças de sentido. Liderados pela voz de Filmon, ouvimos aulas de língua tigrínia apoiadas por imagens de um antigo livro de ortografia. O corpo da artista se sobrepõe às linhas sinuosas do alfabeto, sugerindo uma mimese dinâmica.

Minibio – Muna Mussie (1978) Artista eritreia radicada em Bolonha, investiga as artes performativas e as linguagens cênicas para dar forma à tensão que surge entre diferentes polos expressivos, através do gesto, da visão e da palavra.

O Animal (L’Animale)
Chiara Bersani aborda a morte do cisne com sua obra intitulada O animal: o que acontece quando, ao olhar para a noite profunda, podemos nos reconhecer a nós mesmos, através do canto?

Minibio – Chiara Bersani é dramaturga, diretora e performer. O seu percurso formativo decorre principalmente no campo da investigação teatral com influências da dança contemporânea e da arte performativa.

Bate-papo
>>>Dia 10 de maio
Após os espetáculos Curva Cieca e L’Animale
Muna Mussié conversa com Dione Carlos. Apresentação de Rachel Brumana. Conversa ao vivo no Teatro

>>> 12 e 13 de maio | Quinta e sexta-feira, às 20h
Gentil Unicórnio (Gentle Unicorn)
Chiara Bersani aborda a figura e a imagem do unicórnio a partir de sua própria fisicalidade. A artista apresenta uma coreografia de movimento simples; o unicórnio se move através do espaço enquanto desdobra pequenos gestos, que são amplificados graças à sua qualidade interpretativa. A criadora encarna aquela criatura fantástica que se revela a nós como terrivelmente humana.

Minibio – Chiara Bersani é dramaturga, diretora e performer. O seu percurso formativo decorre principalmente no campo da investigação teatral com influências da dança contemporânea e da arte performativa.

Bate-papo
>>>Dia 12 de maio
Após o espetáculo Gentil Unicórnio
Chiara Bersani conversa com Elisa Band. Apresentação de Rachel Brumana.

>>> 14 e 15 de maio | Sábado, às 20h e domingo, às 18h
Tiresias
Tirésias é o segundo trabalho da diretora Giorgina Pi a partir da dramaturgia de Kae Tempest, artista inglese não binárie, que mistura rap, poesia, política e música, dando vida a um estilo único. Extraído de Hold your own / Stay yourself, o espetáculo traz a figura de Tirésias, o vidente que sabe o que deve ser feito.

Minibio – Giorgina Pi é uma artista nascida e criada em Roma, onde se formou em Artes, música e espetáculo. Especializou-se em Paris com uma tese sobre as performances shakespearianas no Théâtre du Soleil, unindo desde o início seu interesse pelo teatro com os estudos de gênero. É autora de vários ensaios e artigos. Como aluna de doutorado em estudos comparativos nas universidades de L’Aquila e Paris 8, atualmente está se concentrando em reescritas contemporâneas de mitos gregos assinados por mulheres. É encenadora, ativista, videomaker, feminista e integrante do coletivo artístico Angelo Mai.

Bate-papo
>>>Dia 15 de maio de 2022
Após o espetáculo Tirésias

Giorgina Pi conversa com Beatriz Sayad. Apresentação de Rachel Brumana.

Serviço
SCENA – Semana da Cena Italiana Contemporânea em São Paulo – 2ª edição
de 10 a 15 de maio de 2022
Teatro do Sesc Pompeia
Ingressos: R$20 (credencial plena/trabalhador no comércio e serviços matriculado no Sesc e dependentes, pessoas com +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino); e R$40 (inteira).
Classificação indicativa: 14 anos
Sesc Pompeia – Rua Clélia, 93 – Pompeia – São Paulo/SP

😷 Protocolos de segurança
Pessoas com mais de 12 anos deverão apresentar comprovante de vacinação contra COVID-19, evidenciando DUAS doses ou dose única para ingressar em todas as unidades do Sesc no estado de São Paulo. O comprovante pode ser físico (carteirinha de vacinação) ou digital e um documento com foto.

Crianças a partir de 5 anos também devem apresentar comprovante, com pelo menos uma dose. É recomendado o uso de máscara, sendo obrigatório nos espaços de atendimento odontológico, ambulatórios e locais de exames dermatológicos.

Não temos estacionamento. Para informações sobre outras programações, acesse o portal: sescsp.org.br/pompeia

Nos acompanhe!
instagram.com/sescpompeia
facebook.com/sescpompeia
twitter.com/sescpompeia

Sobre o Instituto Italiano de Cultura de São Paulo
O Instituto Italiano de Cultura de São Paulo é um órgão oficial do Governo Italiano. Foi fundado em 1950 e se dedica a promover a cultura e a língua italiana, além de enriquecer o panorama cultural em sua área de ação com iniciativas voltadas à cooperação ítalo-brasileira neste setor. Localizado em um histórico casarão no bairro de Higienópolis, o Instituto promove concertos, exposições, sessões de cinema, palestras e encontros, e possui uma biblioteca com mais de 23 mil títulos, a maioria em língua italiana, disponíveis para o público. O Instituto é também fonte de informações sobre o país, cursos de língua italiana ministrados na Itália e bolsas de estudo outorgadas pelo Governo Italiano.

https://web.facebook.com/IstitutoItalianoDiCulturaSanPaolo
https://www.instagram.com/iic_sanpaolo/

https://cutt.ly/IIC-SP

Créditos: Daniele Valério | Canal Aberto

* Este conteúdo foi enviado pela assessoria de imprensa

Com os Bolsos Cheios de Pão, do dramaturgo e jornalista romeno Matei Visniec, estreia no Sesc Pompeia **

Cena de Com os Bolsos Cheios de Pão. Foto: Keiny Andrade

Com direção de Vinicius Torres Machado e atuações de Edgar Castro e Donizeti Mazonas, o texto do romeno naturalizado francês Matei Visniec retrata dois personagens indignados com um cachorro jogado em um poço, mas sem conseguir tomar nenhuma atitude.

Em cena, em cima do poço, os dois homens, apesar da revolta, não socorrem o animal, emaranhados que estão em embates verbais e disputas personalistas

Com os Bolsos Cheios de Pão, texto do romeno naturalizado francês Matei Visniec, escrito no início dos anos 1980, quando o país ainda vivia sob o governo autoritário, trata da história de dois homens – o Homem de Bengala e o Homem de Chapéu – diante de um poço, onde um cachorro foi jogado por desconhecidos. Eles argumentam, pensam, discordam, mas não tomam nenhuma atitude efetiva. A peça, com direção de Vinicius Torres Machado e atuação de Edgar Castro e Donizeti Mazonas, estreia dia 05 de março, às 21h, no Teatro do Sesc Pompeia. A temporada segue até o dia 18 do mesmo mês.

“O diálogo em torno do poço eternamente amistoso, absurdo, argumentativo, tranquilizador transforma-se em fábula política, social, humana. As falas circundam a ação da mesma forma como os dois personagens circundam o poço. Estes criam diversas possibilidades de ação que constantemente se desfazem sob a pressão da argumentação”, revela o diretor sobre a ação dos personagens. Em cena, em cima do poço, os dois homens, apesar da indignação que manifestam, não socorrem o animal, emaranhados que estão em embates verbais e disputas personalistas.

Para o diretor, essa situação ficcional de Visniec nos remete ao atual cenário político e social brasileiro. “Confrontados com a miséria, a todo momento nos deparamos com a urgência da ação. É assim que os argumentos absurdos e o mundo às avessas que a peça nos apresenta podem nos ajudar a observar o nosso próprio poço sob a luz do meio-dia. A luz a pino que deixa ver seu fundo, com todos os desafios que a necessária ação exigirá. Precisaremos de uma corda? De uma escada?”, completa o diretor.

Cenário e luz
A montagem também carrega a simplicidade e crueza do texto. Um monolito circular, metálico e de aproximadamente um metro e meio de altura é o poço e o cenário de todo espetáculo, criado por Eliseu Weide. É nesse diminuto espaço que toda a ação se passa.

A iluminação, criada por Wagner Antonio para a encenação, sugere alguns deslocamentos para o público: no início, vemos apenas os dois personagens em pequenos movimentos; no desenrolar da peça, a iluminação revela uma surpresa e a situação limite dos personagens.

Sobre a peça e o autor
A peça nasceu de uma história real. No começo dos anos 1980, o autor era professor de história em uma pequena vila rural, a 25 quilômetros de Bucareste. Para ir à escola, costumava pegar ônibus, metrô e trem. Nos últimos cinco quilômetros, ainda fazia o percurso de bicicleta.

Um dia, passando pelo poço abandonado da vila, ficou chocado ao descobrir um cachorro vivo. Ele latiu pedindo ajuda, mas, com pressa, só teve tempo de ver que era branco. “Continuei no caminho para a escola, mas senti uma culpa terrível o dia inteiro”, escreveu o autor. À noite, soube que o cachorro havia sido salvo. “De repente, tive a revelação do escopo metafórico dessa peça: esse cachorro, era eu, esse cachorro, era todo o povo romeno trancado na ditadura a pedir inutilmente ajuda.” A peça foi escrita de uma só vez, a partir desse episódio e esse sentimento.

Matei Visniec nasceu na Romênia em 1956. Formou-se em história e filosofia e publicou seus primeiros textos de poesia em 1972. Em 1987, pediu asilo político na Franca, onde vive desde então. Entre sua produção, podemos citar: O último Godot, A segunda tília à esquerda, A aranha na praia, Cuidado com as velhas senhoras corroídas pela solidão, Como eu poderia ser pássaro?, Paparazzi ou a crônica de um nascer-do-sol abortado, A mulher como campo de batalha, entre outros.

Vinícius Torres Machado
Diretor e professor no Instituto de Artes da UNESP. Autor do livro A máscara no teatro moderno: do avesso da tradição à contemporaneidade, Editora Unesp. É Doutor em Artes Cênicas pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, com estágio supervisionado na Gent University – Bélgica. Iniciou seus trabalhos como ator em 1996 e em 2001 também passou a assinar como diretor e dramaturgo dos seus projetos. Entre seus principais trabalhos, dirigiu Revoltar: memórias de ilhas e revoluções, com a Cia Livre. Dirigiu e escreveu Aporia, na Escola Livre de Teatro de Santo André; dirigiu Saudade, com o grupo belga Das Marionette; dirigiu e escreveu Anônimo, com o grupo Peleja – BA; dirigiu a ópera Romeo et Juliette, de Charles Gounod, no Theatro São Pedro de São Paulo; dirigiu e escreveu o espetáculo A Porta, com a Cia. Troada.

Donizete Mazonas
Ator, dançarino e diretor. Formado em Artes Cênicas pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), atua na cidade de São Paulo desde 1995. Integrou o Centro de Pesquisa Teatral – CPT – coordenado por Antunes Filho de 1998 a 2002. Em 2003 fundou a Companhia da Mentira, onde atua como ator e diretor. Participou do Núcleo de Improvisação, dirigido por Zélia Monteiro, de 2006 a 2013. Juntamente com Wellington Duarte criou o Núcleo Entretanto, em 2007, onde desenvolvem uma pesquisa voltada para dança-teatro-performance. Entre os principais trabalhos estão: Revoltar, Memórias de Ilhas e Revoluções (2017), Floema (2016), Uma Noite sem o Aspirador de Pó (2015), Um Bonde Chamado Desejo (2015), Pais e Filhos (2012), Music-Hall (2009).

Edgar Castro
Ator, Diretor e Formador Teatral, cursou História na Universidade Federal do Pará (1983). Desde 1995 radicado em São Paulo, trabalhou com diretores como Antunes Filho, Roberto Lage e Samir Yazbeck. Integrante de importantes coletivos como Cia do Latão, Cia Livre, Cia São Jorge de Variedades, Cia dos Inventivos entre outros. Orientou (2000-2003) a turma de Iniciação da Oficina de Teatro do TUSP. Lecionou na ELT/Escola Livre de Teatro de Santo André de 1999 a 2011 e foi coordenador da mesma instituição de 2007 a 2009. Coordenou o Núcleo de Pedagogia Teatral da ELT nos anos 2010 e 2011. Coordenou a Área de Teatro do CLAC/Centro Livre de Artes Cênicas, em São Bernardo do Campo (2012/2013). Foi Coordenador Geral da X Mostra Latino-Americana de Teatro de Grupo. Membro do Conselho Administrativo da Cooperativa Paulista de Teatro.

FICHA TÉCNICA
Texto: Matei Visniec
Tradução: Fábio Fonseca de Melo
Direção: Vinicius Torres Machado
Elenco: Edgar Castro e Donizeti Mazonas
Trilha Sonora: Pedro Canales
Cenário e Figurinos: Eliseu Weide
Iluminação: Wagner Antonio
Assistente de Direção: Rafael Costa e Jessica Mancini
Produção Executiva: Jota Rafaelli MoviCena Produções

Serviço
Com os Bolsos Cheios de Pão

Dias 5, 6, 8, 9, 10, 11, 15, 16, 17 e 18 de março
Terça a sábado, às 21h; domingo, às 18h
Local: Teatro Sesc Pompeia
Ingressos: R$ 40,00 (inteira); R$ 20,00 (credencial plena: trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes; meia: estudante, servidor de escola pública, + 60 anos, aposentados e pessoas com deficiência).
Classificação indicativa: 14 anos.
Capacidade: 144 lugares
Duração: 70 minutos

Bilheteria*:
Terça a sexta, das 10h às 21h30.
Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h30.
*Vendas presencial e online a partir do dia 1 de março.

É necessário apresentar comprovante de vacinação contra COVID-19 das duas doses, a partir de 12 anos, e documento com foto para ingressar nas unidades do Sesc no Estado de São Paulo.

Créditos: Márcia Marques | Canal Aberto

** Este conteúdo foi enviado pela assessoria de imprensa

Coletivo ultraVioleta_s estreia desmontagem no Sesc Pompeia e websérie no Instagram *

Obras apresentadas pelo coletivo ultraVioleta_s em setembro e outubro. Créditos: divulgação

Coletivo lança o filme Há Dias Que Não Tem Fim no YouTube do Sesc Pompeia e estreia no Instagram  a websérie A Prima da Vera em que corrimentos em calcinhas são mote para a  leitura dessas imagens e para prever o futuro, como na simpatia da borra do café.

O ultraVioleta_s já conquistou alguns dos principais prêmios voltados para as artes cênicas no Brasil, como Shell, APCA e Aplauso Brasil; seus trabalhos são espécies de fissuras artísticas no cotidiano que desequilibram o espectador e o fazem relembrar de sua própria condição humana.

O coletivo ultraVioleta_s apresenta obras inéditas e mostra de repertório a partir de setembro de 2021. O filme Há Dias Que Não Tem Fim estreia na série de artes cênicas Desmontagem, do Sesc Pompeia. Criado a partir do espetáculo Há Dias Que Não Morro, o vídeo inverte a abordagem da artificialidade plástica encenada na peça e faz do contexto urbano real – ruas, pontes e placas da cidade de São Paulo – seu cenário de atuação. A cada quinze dias, artistas e companhias são convidados pelo Sesc a repensar e a desconstruir suas criações e desenvolver uma obra audiovisual para o ambiente digital. A desmontagem estreia dia 24 de setembro de 2021, às 20 horas, no Youtube do Sesc Pompeia (e fica disponível on demand).

Para quem quiser ver ou rever o espetáculo Há Dias Que Não Morro – tal qual foi estreado em 2019, presencialmente – o grupo faz duas sessões em horário agendado, às 20 horas, nos dias 25 e 26 de setembro, em seu Youtube.

A websérie A Prima da Vera estreia no dia 1º de outubro, quando o grupo passa a publicar diariamente os novos episódios, até o dia 28, sempre às 12h28. Com técnica de animação em stop motion, colagem e desenho, a série é caracterizada pelo absurdo e pelo nonsense e conta a história de uma planta que é capaz de ler o futuro de mulheres por meio da interpretação do corrimento vaginal encontrado em suas calcinhas.

De 9 a 17 de outubro, sábados e domingos, 20h o público pode assistir e jogar Ôma, um ex-petáculo, um videogame performativo que apresenta a vida de duas avatares mulheres, vivendo dias de quarentena em suas casas. O público é convidado a ser agente ativo da obra, fazendo com que suas escolhas guiem a trajetória das personagens. Fusão de teatro e game, a experiência pode ser acessada via inscrição pelo site http://www.corporastrado.com/oma. A exibição acontece pelo Zoom.

O ultraVioleta_s é um coletivo criado em 2007 e composto por Aline Olmos e Laíza Dantas, ambas performers, diretoras artísticas, editoras e animadoras de vídeo. Uma das propostas centrais do coletivo é realizar obras que abarquem tematicamente questões ligadas a formas não hegemônicas de existência na Terra, sendo elas humanas, vegetais ou animais e pesquisar a intersecção entre diferentes linguagens artísticas, como o teatro, circo, performance, artes visuais e artes digitais.

A carreira internacional do grupo é marcada pela presença virtual nos festivais Santiago A Mil, Chile, e no Global Forms Theater Festival, nos EUA, ambos em 2021; e pela participação presencial no World Stage Design 2017, em Taiwan, e nos festivais internacionais de teatro de Trabzon e de Antalya, na Turquia, em 2018 e 2019.

Mostra de repertório e estreias
Há Dias Que Não Tem Fim e Há Dias Que Não Morro

O filme Há Dias Que Não Tem Fim é um projeto criado a partir do espetáculo Há Dias Que Não Morro, criado pelo grupo em 2019. O vídeo será lançado dentro da programação intitulada Desmontagem promovida pelo SESC Pompeia, que retoma espetáculos que ficaram em cartaz na unidade a partir de uma proposição de desconstrução destas obras. Nesta criação, as artistas invertem a abordagem da artificialidade plástica encenada na obra em sua versão espetáculo e fazem do contexto urbano real, das ruas, pontes e placas da cidade de São Paulo seu cenário de atuação. Entre faróis que se abrem e fecham e um trajeto que sempre se repete guiado por uma voz de GPS, a realidade concreta que conhecemos começa a se rebelar e sinais não tão usuais passam a guiar o trânsito, a influenciar trajetórias e, até, a mudar o destino final de uma viagem. A partir da crise vivida pela pandemia e o consequente fechamento dos teatros, a vídeo-arte provoca o questionamento sobre quais são nossos cenários ficcionais na contemporaneidade.

Seguida desta programação, a companhia apresenta duas obras que marcam significativamente a pesquisa de linguagem artística que o grupo tem desenvolvido. Há Dias que Não Morro, versão digital do espetáculo que estreou em 2019, na Turquia, por meio de uma estética aterrorizantemente perfeita e plástica que ao instaurar uma alegria postiça, retrata os aprisionamentos contemporâneos e a instagramização da vida.

O espetáculo, que questiona o quanto estamos amparados por uma coletividade e se, de fato, nos vemos e ouvimos quando nos comunicamos, é uma obra que antecipa as crises de convívio sociais vivida ao longo do período de quarentena e apresenta-se como uma reflexão poética extremamente atual e significativa para os dias que vivemos. O espetáculo tem direção de Aline Olmos, Laíza Dantas, Paula Hemsi e José Roberto Jardim e o texto original é assinado por Paloma Franca Amorim. No Brasil, o espetáculo realizou temporada de estreia no Sesc Pompeia e circulou por alguns meses antes de ser suspenso devido à pandemia do coronavírus.

Ôma, um ex-petáculo
A segunda obra de repertório apresentada é Ôma, um ex-petáculo, criada em 2020 já no contexto do isolamento social. É um videogame performativo que apresenta a vida de duas  avatares mulheres, vivendo dias de quarentena em suas casas. O público é convidado a ser agente ativo da obra, fazendo com que suas escolhas guiem a trajetória das personagens. A ideia partiu justamente da limitação de deslocamento imposta pela pandemia, do interesse em ampliar a representatividade de mulheres negras e brancas como protagonistas de games e do interesse em criar uma relação com o público que contasse com sua participação de um modo mais objetivo.

“Não é um jogo de ganhar ou perder. É uma brincadeira que se baseia na curiosidade individual do público para acontecer. Trata-se da exploração de uma casa. Algumas ações repetidas também lembram algo de Há Dias que Não Morro”, conta Aline Olmos que reforça que o jogo tem um caráter cômico e irreverente, mas também aborda questões mais profundas e revela camadas filosóficas do nosso cotidiano doméstico.

“Os espectadores se conectam pelo Zoom, onde as avatares aparecem fisicamente, e acessam, em um navegador, a página para o jogo. A experiência vivida é individual e é motivada por presenças virtuais ao vivo e pré-gravadas”, explica Laíza Dantas, que atua acompanhada pela atriz convidada Tetembua Dandara. O jogo-espetáculo conta com uma trilha sonora especialmente criada por Paula Mirhan composta por sonoridades que misturam experimentos vocais com pedais de guitarra, criando camadas de sobreposição para a obra e teve direção e roteiro concebido por  Aline Olmos, Laíza Dantas, Paula Hemsi e Tetembua Dandara.

A Prima da Vera
A programação oferecida pela companhia se completa com a estreia da websérie A Prima da Vera, que marca a atuação do coletivo também na área das artes gráficas e visuais. Com técnica de animação em stop motion, colagem e desenho, a série é caracterizada pelo absurdo e pelo nonsense e conta a história de uma planta que é capaz de ler o futuro de mulheres por meio da interpretação do corrimento vaginal encontrado em suas calcinhas.

A leitura da borra de café foi atualizada pelas artistas, que abordam um tema tabu (mesmo entre as mulheres) e de maneira descontraída e cômica sugerem uma aproximação e um entendimento das secreções liberadas diariamente. A obra é um convite a uma observação mais detalhada do corpo feminino de maneira lúdica e criativa.

Além de sessões de leituras oraculares de corrimentos a série apresenta várias tramas paralelas, dentre elas o sequestro da planta protagonista e a consequente revolta das calcinhas que ficam desamparadas. Juntas as calcinhas se rebelam para saber do paradeiro d’A Prima da Vera, promovendo passeatas e usando ‘drogas’, como amaciante e sabão em pó, para lidar com a abstinência da vidente. Por meio de muita ironia, ternura e irreverência, o enredo também passa por assuntos pungentes no Brasil de hoje, como a intolerância, a convivência intensa com as telas de dispositivos e a aceleração por meios artificiais da produtividade.

Sobre o Grupo
O ​​ultraVioleta_s é um grupo composto por mulheres que atuam em diferentes áreas: atrizes, gestoras, diretoras criativas, editoras e animadoras de vídeo e fotógrafas. Interessadas na intersecção de diferentes linguagens artísticas, hoje investigam a relação entre teatro, arte, tecnologia, vídeo arte e espaço urbano.

As integrantes se debruçam, atualmente, em temas ligados a formas não hegemônicas de existência na Terra, sendo elas humanas, vegetais ou animais. Mas tudo começou bem diferente, em 2007, quando ainda eram a Academia de Palhaços na UNICAMP, e por sete anos pesquisaram a linguagem do palhaço e do circo teatro brasileiro.

Em 2016, com a criação do espetáculo “Adeus, Palhaços Mortos”, o grupo ressignificou o mergulho no teatro popular e verticalizou a intersecção entre teatro e artes visuais. Em 2019, criou o espetáculo “Há Dias Que Não Morro”, que desdobrou a mesma busca estética ao discutir os aprisionamentos contemporâneos e colocou em cena uma dramaturgia inédita.

O espetáculo estreou no Festival Internacional de Antália, na Turquia, e teve temporada de estreia no Brasil no Sesc Pompeia. Em 2020, a companhia criou “Ôma, um ex-petáculo”, videogame performático apoiado pelo Itaú Cultural e realizou a performance “PESTIGE TO BE EHXIBITED”, em Viena, que aborda a temática do sono e do sonho como práticas a serem preservadas e protegidas. Sua última criação ocorreu em 2021 com a websérie “A Prima da Vera”, contemplada pelo PROAC.

Com carreira internacional marcada também pela participação no World Stage Design em Taiwan, em 2017; no Festival INternacional de Teatro de Trabzon e de Antália, na Turquia, em 2018 e 2019; Santiago A Mil, no Chile e no Global Forms Theater Festival, nos EUA, ambos em 2021 e alguns prêmios acumulados (Shell, APCA, Aplauso Brasil e outros), o grupo busca provocar fissuras artísticas no cotidiano que desequilibrem o espectador e o lembrem de sua condição humana.

FICHAS TÉCNICAS
Há Dias Que Não Tem Fim

Idealização: ultraVioleta_s Direção: Aline Olmos e Laíza Dantas Direção Audiovisual e Montagem: Bruna Lessa Roteiro: Aline Olmos e Laíza Dantas a partir do texto original de Paloma Franca Amorim Direção de Fotografia: Cacá Bernardes Trilha Sonora: Hedra Rockenbach a partir da trilha original de Rafael Thomazini e Vinícius Scorza Dublagem: Mariana Zink Design Gráfico: Coletivo Bijari Produção: Corpo Rastreado e ultraVioleta_s Produção Audiovisual: Bruta Flor Filmes Locação de carro e motorista: Murilo Gil Locação de caminhão e motorista: Newton Steler de Almeida Apoio: Goodstorage

A Prima da Vera
Idealização: ultraVioleta_s Direção: Aline Olmos e Laíza Dantas Trilha Sonora: Paula Mirhan  Roteiro e textos: Aline Olmos e Laíza Dantas Vídeos e Stop Motion: Aline Olmos Edição e Motion Design: Laíza Dantas Consultoria Audiovisual: Kim Ising Design Gráfico: Gabriela Fernandes Narração: Laíza Dantas Dublagens: Carol Vidotti e Eduardo Bordinhon Performers: Aline Olmos e Bruna Lessa Vídeos Sono: Bruna Lessa e Bruta Flor Filmes Bonequeiro: Zé Valdir Produção: Corpo Rastreado e ultraVioleta_s Apoio: Roupa de Cima e Goodstorage

Há Dias que Não Morro
Idealização: ultraVioleta_s Direção e Concepção: Aline Olmos, José Roberto Jardim, Laíza Dantas e Paula Hemsi Texto: Paloma Franca Amorim Dramaturgia: Aline Olmos, Laíza Dantas, José Roberto Jardim, Paula Hemsi e Paloma Franca Amorim Encenação: José Roberto Jardim Elenco: Aline Olmos, Laíza Dantas e Paula Hemsi Assistente de direção: Luna Venarusso Cenografia: Bijari Direção Musical e Trilha Sonora Original: Rafael Thomazini e Vinicius Scorza Iluminação: Paula Hemsi Figurino: Carolina Hovaguimian Modelista: Juliano Lopes Visagismo: Leopoldo Pacheco Colaboração Coreográfica: Maristela Estrela Contrarregras: Hilary Jo Caldis, Vinicius Scorza, Luna Venarusso Design de sistema de operação sincronizado: Laíza Dantas Operação de Luz, Vídeo e Som: Murilo Gil e Vinicius Scorza Técnico de Som: Murilo Gil Técnica de Luz: Paula Hemsi Técnica de Vídeo: Laíza Dantas Técnica de Palco: Aline Olmos Produção: ultraVioleta_s, Tetembua Dandara e Corpo Rastreado Apoio: Goodstorage

Ôma, um ex-petáculo
Idealização e Game Design: ultraVioleta_s Realização e roteiro: Aline Olmos, Laíza Dantas, Paula Hemsi e Tetembua Dandara Atuação vídeos: Laíza Dantas e Tetembua Dandara Trilha Sonora: Paula Mirhan Masterização: Estúdio 55hz, Rui Barossi e Vinicius Scorza Edição de vídeos e teasers: Laíza Dantas Programação e level design: Paula Hemsi e Vinicius Scorza Ilustração Sr Edaír e Tetê: Alexandre de Melo Dantas Imagens de divulgação: Murilo Chevalier Imagem de capa e identidade visual: Renan Marcondes Tradução para Inglês: Hilary Jo Caldis e Laíza Dantas Game engine: RPG Maker Coordenação de Produção e Parcerias: Aline Olmos Consultoria de Parcerias: Hilary Jo Caldis Produção: ultraVioleta_s, Tetembua Dandara e Corpo Rastreado Plug ins: HIME_EnemyReinforcements (Hime), YEP_RegionEvents (Yanfly Engine Plugins), TerraxLighting (Terrax), Yami_SkipTitle Tilesets adicionais: Panda Maru’s Artistas convidades com obras no game: Carla Massa: série aquarela sobre papel “quarenTena”; Bruta Flor Filmes: Tentativas de Ignição, imagens do vídeo “Floresta e Marielle Presente” e caminhos da Bolívia no sonho “Um sonho bom”; Eduardo Bordinhon: foto analógica cidade de ponta cabeça vista da janela da casa; Coletivo Bijari com o vídeo “Prólogo”, usado nas projeções do cubo no vídeo “Ontem, Hoje”; Matias Arce com o teatro e cubo miniatura, usado no vídeo “Ontem, Hoje” Apoio: Goodstorage.

SERVIÇO
Desmontagem: Há Dias que Não Tem Fim

Dia 24 de setembro, sexta-feira, 20h, no Youtube do Sesc Pompeia

Há Dias que Não Morro (registro audiovisual)
Peça registrada – registro audiovisual
Dias 25 e 26 de setembro, sábado e domingo, 20h, no Youtube do coletivo ultraVioleta_s

A Prima da Vera
1º de outubro até dia 28 de outubro. Todos os dias, 12h28, pelo Instagram ultraVioleta_s
Duração: Aproximadamente 5 minutos | A cada dia, será exibido um novo episódio. Todos ficarão disponíveis.

Ôma, um ex-petáculo
9 a 17 de outubro*, sábados e domingos, 20h, por Zoom (inscrição/convite: http://www.corporastreado.com/oma)

**No dia 17 de outubro, quarta-feira, 20h, a peça Ôma, um ex-petáculo integra o FEIA – Festival do Instituto de Artes da Unicamp

Créditos: Daniele Valério | Canal Aberto

* Este conteúdo foi enviado pela assessoria de imprensa

“Os Um e os Outros”, da Cia Livre, leva luta e resistência dos povos ameríndios ao Sesc Pompeia

Foto: Cacá Bernardes

Realizado em parceria com a Cia Oito Nova Dança, o espetáculo cria um diálogo entre a fábula contada por Brecht e a luta dos povos ameríndios no Brasil contemporâneo

“Detenha o inimigo. Detenha o inimigo. Detenha o inimigo. Mas como prosseguir?”

Bertolt Brecht se inspirou em uma guerra ocorrida na Roma Antiga para escrever, em 1933, “Os Horácios e os Curiácios”: uma obra que investiga modos de resistência à chamada “época da contrarrevolução”, instaurada com a ascensão e consolidação da Alemanha Nazista. A partir dessa “peça de aprendizagem”, como a define o próprio autor, a Cia. Livre, em parceria com a Cia. Oito Nova Dança, traz ao palco do SESC Pompeia, a partir de 5 de setembro, a questão dos povos ameríndios e suas lutas históricas no Brasil.

Na transcriação cênica concebida pela diretora Cibele Forjaz, chamada “Os Um e os Outros”, os Curiácios são o povo dos Um, que acredita na universalidade da sua cultura, enquanto os Horácios são os Outros, ou todos aqueles que defendem a diversidade dos modos de existência.

Os Curiácios invadem a terra dos Horácios para roubar seus campos e minas. Frente à ameaça de perderem tudo aquilo de que necessitam para viver, os Horácios decidem resistir. Em três batalhas – dos arqueiros, dos lanceiros e dos escudeiros – o autor aborda diferentes estratégias de luta, refletindo sobre formas de resistência ao avanço do totalitarismo no mundo.

Para tecer esse diálogo entre a história escrita por Brecht e a luta dos povos ameríndios no Brasil contemporâneo, as duas companhias contam com a participação de artistas colaboradores e a presença especial de convidados do povo Guarani M’Bya – moradores da Terra Indígena Tenondé-Porã em Parelheiros, multiplicando os pontos de vista da encenação num espetáculo que mescla teatro, música, dança e projeção de imagens.

A narrativa em cena mantém como espinha dorsal o texto de Brecht, mas a encenação justapõe a este material mensagens, documentos, relatos e imagens que apresentam uma guerra em curso hoje no Brasil: a luta dos povos originários pelo reconhecimento de seus territórios e pelo respeito aos seus modos de vida.

A fábula de Brecht e o Brasil contemporâneo
Com o objetivo de discutir as relações entre os povos indígenas e não-indígenas, o espetáculo faz uma justaposição entre o texto original e a nossa situação atual, permeada por uma série de conflitos em torno do pertencimento, valor e destino da terra. Essa disputa, que envolve a demarcação de terras, dilemas sobre a preservação ambiental, projetos político-econômicos de expansão agropecuária e de exploração de jazidas – temas cada vez mais acirrados no país -, é trazida para a cena por meio de farto material iconográfico, pesquisado na imprensa nacional e internacional, em instituições e publicações variadas. Enriquecendo esse precioso recorte documental, a peça é plataforma para mensagens em vídeo dirigidas aos “caraí” (ou, os homens e mulheres não-indígenas) e seus líderes, enviadas pelos líderes e viventes da região do Xingu.

A pesquisa do espetáculo, que envolveu os dois grupos artísticos paulistanos, incluiu a visita da Cia Livre a regiões de disputa ao longo do último ano, possibilitando a convivência com diversas culturas, povos e comunidades indígenas. Essa ida a campo, a fim de trazer o teatro mais perto da experiência viva, era objetivo da Cia Livre desde a montagem de Vem Vai, o caminho dos mortos. Também vinha sendo realizada pela Cia. Oito Nova Dança em criações anteriores, tais como Xapiri, Xapiripê, lá onde a gente dançava sobre espelhos (criada em parceria com a Cia Livre) e Esquiva.

Assim como o texto de Brecht apontava para conflitos pela supremacia na exploração das fontes naturais por meio das barragens, pastos e garimpos, o Brasil dos tempos de hoje não oferece contexto muito diverso daquele ficcionalizado em 1933. O que se vê é a reprodução de violências motivadas por mais um ciclo de exploração, mudando apenas os agentes interessados nesses recursos naturais e a desigualdade com que ignoram direitos, para atingirem o lucro visado.

Neste sentido, a Cia Livre se refere, sobretudo, à resistência. Também propõe uma reflexão sobre como o mundo pode ser transformado e de que maneira as ações que podemos tomar nos dias de hoje são capazes de alterar o destino de exploração, expropriação e destruição que se avista no futuro próximo.

Como diz o xamã Ianomâmi Davi Kopenawa, em entrevista ao etnólogo Bruce Albert no livro A queda do céu, que relata o fim do mundo se os brancos continuarem agindo como fazem hoje em relação à natureza e à vida na Terra, “o céu cairá sobre as nossas cabeças”. Sobre este assunto, Kopenawa explica que uma vez que a harmonia na Terra é quebrada, o céu cairá sobre a cabeça de todos. E a sensação para muitos é de que estamos à beira desse momento.

Sinopse
“Os Um e os Outros”, um musical livremente adaptado de “Os Horácios e Os Curiácios”, de Bertolt Brecht, em forma de opereta, faz uma justaposição das batalhas narradas pelo autor com a luta dos povos ameríndios no Brasil de hoje.

Dirigida por Cibele Forjaz, “Os Um e os Outros” faz uso de diversos formatos e linguagens, como o teatro, o audiovisual, a dança e a música, e conta com a parceria da Cia Oito Nova Dança. Além dos artistas das duas companhias e outros convidados, o espetáculo conta com a presença de integrantes da comunidade Guarani M’Bya da Terra Indígena Tenondé-Porã, situada em Parelheiros (Zona Sul de São Paulo), que ampliam a discussão evocada pelo teatro.

Cia Livre
Ficha técnica
JOGADORXS:
Adriano Salhab
Cibele Forjaz
Fernanda Haucke
Fredy Allan
Gisele Calazans
Lu Favoreto
Lucia Romano
Marcos Damigo
Roberto Alencar
Vanessa Medeiros
Contra regra em cena: Jackson Santos
Músicos em cena: Adriano Salhab, Gabriel Máximo e Ivan Garro
Composições de trilha origina, Direção Musical e Arranjos: Adriano Salhab e Guilherme Calzavara
Desenho de som e Sonoplastia: Ivan Garro
Direção de Arte: Cla Mor, Marília de Oliveira Cavalheiro e Valentina Soares
Arquitetura cênica e Objetos: Marília de Oliveira Cavalheiro
Figurino e Objetos: Valentina Soares
Vídeo: Annick Matalon, Cla Mor, Fábio Riff, Lucas Brandão e Mariana Caldas
Operação de vídeo: Cla Mor
Câmera em cena: Annick Matalon
Vídeo Mapping: Fábio Riff e Mariana Caldas | Vapor 324
Luz: Cibele Forjaz e Matheus Brant
Operação de luz: Matheus Brant e Nara Zocher
Identidade Visual e Projeto Gráfico: Julia Valiengo
Assistência de Direção: Gabriel Máximo e Jackson Santos
Preparação e direção vocal: Lucia Gayotto
Preparação corporal e Direção de movimento: Lu Favoreto
Assessoria de Imprensa: Márcia Marques | Canal Aberto
Produtoras: Bia Fonseca e Iza Marie Miceli | Nós 2 Produtoras Associadas
Direção Geral e Encenação: Cibele Forjaz
Coro Convidado do povo Guarani M’Bya [em revezamento]:
Jerá Poty Mirī | Jerá Guarani
Tatarndy Germano
Karai Negão
Karai Tiago
Poty Priscila
Karai Tataendy Ricardo

SERVIÇO:
“Os Um e os Outros”
De 05 a 22 de setembro de 2019
Quinta a sábado às 21h | Domingo às 18h
Sesc Pompeia – Teatro (342 lugares)
R. Clélia, 93 – Água Branca/ SP
Classificação indicativa: 14 anos
Duração: 2h30 min.
Ingressos: R$ 12 (credencial Plena), R$ 20 (meia) e R$40 (inteira)

Assessoria de Imprensa Sesc Pompeia
Dih Lemos e Guilherme Barreto
Estagiários: Gabi Zanini
Coordenador de comunicação: Silvio Basilio
Telefone: (11) 3871-7720 / 7776

Para entrevistas, fotos e outras informações:
Canal Aberto Assessoria de Imprensa
Márcia Marques |Kelly Santos | Daniele Valério
Fones: (11) 2914 0770
Celulares: (11) 9 9126 0425 (Márcia) | (11) 9 5630 3505 (Kelly) | (11) 9 8435 6614 (Daniele)

Créditos: Daniele Valério | Canal Aberto

A carioca Focus Cia de Dança estreia o premiado espetáculo Still Reich no Sesc Pompeia

Still Reich. Foto: Fernanda Vallois

A carioca Focus Cia de Dança estreia em São Paulo, no Sesc Pompeia, o espetáculo Still Reich. A curtíssima temporada será entre os dias 20 e 23 de junho, quinta e domingo, 18h, e sexta e sábado, às 21h. Idealizada pelo diretor e coreógrafo Alex Neoral, a companhia tem o patrocínio da Petrobras.

Still Reich, espetáculo mais recente da Focus, reúne em um programa único quatro peças compostas a partir de músicas do compositor contemporâneo americano Steve Reich. Inspirado pelo vigor e construções musicais de suas composições, Alex Neoral une duas obras de 2008, Pathways e Trilhas, e duas de 2018, Keta – vencedora do Prêmio Cesgranrio de Dança como melhor coreografia e com indicações a melhor bailarino/Marcio Jahú e melhor bailarina/Carolina de Sá e Wood Steps.

Alex conta que as quatro peças que integram Still Reich foram concebidas a partir do efeito da música de Steve Reich na sua criação: “São músicas minimalistas que geram uma ambiência, uma atmosfera de dança que se constrói a partir do som”, conta.

O título da obra, que em português significa ‘ainda Reich’, reforça o quanto o compositor continua inspirando Neoral. “Depois de dez anos da minha primeira criação com trilha do Steve Reich, retorno a ele”, ressalta o artista. Para Neoral, a Focus Cia de Dança assume cada vez mais uma personalidade versátil, com trabalhos muito diferentes entre si e coragem para avançar para próximas obras sem se fiar numa só linguagem ou estilo único.

“Como criador, tenho a característica de ocupar esses lugares novos e alterar o tipo de discurso que chega ao público, seja com um espetáculo criado a partir do estímulo do cinema, da música minimalista, da música clássica ou da canção brasileira”, conclui.

Sobre as quatro peças de Still Reich

Pathways, com a canção Music for Pieces of Wood, traz em sua construção uma síntese da linguagem da Focus e o desafio de criar uma obra a partir de trechos pré-existentes. Apresentado inicialmente em Stuttgart, na Alemanha, foi um trabalho elogiado pelo público e pela crítica, tendo sido remontado para o CityDance Ensemble – hoje Company E –, de Washington DC.

Trilhas é um extrato do espetáculo Ímpar, que aborda o instante e a partícula do momento que pode e muda o seguinte. Na fisicalidade, Neoral construiu a coreografia inspirado em fugas, escapadas e corridas; assim, como na música Different Trains – After the War, há traços de tensão. Ambos trabalhos já foram apresentados na Alemanha, França, Itália, Panamá, além de inúmeras cidades brasileiras.

“O espetáculo apresenta peças coreográficas que se assemelham muito com às composições de Reich, que apresentam um fascínio pela combinação, pela questão abstrata, que vira uma música, assim como as coreografias, que combinam gestos aleatórios, criando universos a partir disso, sem um assunto pré-existente” – Alex Neoral

Wood Steps traz como inspiração a vida nômade: pessoas que moram no ‘mundo’ e fazem de seus pés as suas casas. O trabalho utiliza a percussão de pés para criar ritmos e marcações para a obra Proverb de Reich, onde a escrita coreográfica ganha o solo, explorando uma movimentação pesada e inusitada, fortificando a relação com o chão que se pisa. A metáfora do sapato, que possibilita ir mais longe e nele guarda muitas histórias de quem o usa.

Keta, que significa ‘terceiro’ em Iorubá, utiliza a música Drumming, composta por Reich em uma viagem que fez à Gana, na África. Esse universo tribal e ritualístico, de alguma forma, é levado para a cena através de uma construção coreográfica veloz, viva e orgânica, mostrando corpos em sua máxima potência em um trabalho vigoroso e ao mesmo tempo humano.

Sobre a Companhia

Com 20 obras e 10 espetáculos em seu repertório, a Focus Cia de Dança se consagrou através da crítica especializada e sucesso de público. Apresentou-se em mais de 100 cidades brasileiras e levou sua arte para países como Bolívia, México, Costa Rica, Canadá, Estados Unidos, Portugal, Itália, França, Alemanha e Panamá. Em 2019 ganhou o 1o Prêmio Cesgranrio de Dança com a coreografia Keta do espetáculo STILL REICH. Em 2018 participou do filme Eduardo e Mônica, com lançamento previsto para 2019. Em 2017 se apresentou na última edição do Rock In Rio, ao lado de Fernanda Abreu. Em 2016 recebeu a Comenda da Ordem do Mérito Cultural, do Ministério da Cultura, maior condecoração da cultura brasileira.

Com o espetáculo As canções que você dançou pra mim, que se aproxima da marca de 300 apresentações, recebeu diversas indicações a melhor espetáculo do ano, por sua criatividade e originalidade. Em 2012 foi escolhida, através da seleção pública do Programa Petrobras Cultural, a receber o patrocínio durante três anos para desenvolvimento de suas atividades, dando início a uma parceria de manutenção que segue até hoje. Mais de 1 milhão de espectadores já se encantaram com a poesia e a capacidade técnica lapidadas nas coreografias inovadoras de Alex Neoral e nos movimentos precisos de seus bailarinos. Atualmente integram seu elenco os bailarinos Carolina de Sá, Cosme Gregory, José Villaça, Marcio Jahú, Marina Teixeira, Monise Marques, Rafael Luz e Roberta Bussoni.

FICHA TÉCNICA
Direção, Concepção, Coreografia: Alex Neoral
Direção de Produção: Tatiana Garcias
Produção Executiva: Bia Rey
Agente Internacional: Marcelo Zamora
Iluminação: Binho Schaefer
Técnico de Iluminação: Anderson Ratto
Técnico de Palco: Wellison Rodrigues
Fisioterapia: Fernando Zican
Figurinos: Alex Neoral e Mônica Burity
Visagismo: André Vital
Confecção de Figurinos: Jacira Garcias
Assessoria de Imprensa: Canal Aberto | Marcia Marques
Clipping: Supernova
Fotos: Fernanda Vallois, Manu Tasca e Paula Kossatz
Programação Visual: Infinitamente Estúdio de Criação
Elenco: Carolina de Sá, Cosme Gregory, José Villaça, Marcio Jahú, Marina Teixeira, Monise Marques, Rafael Luz (stand by) e Roberta Bussoni

SERVIÇO
Still Reich
De 20 a 23 de junho de 2019
Quinta e domingo, às 18h; sexta e sábado, às 21h
Local: SESC Pompeia (R. Clélia, 93 – Água Branca, São Paulo).
Ingressos: R$ 20 (inteira), R$ 10 (meia) e R$ 6 (credencial plena).
Duração: 65 minutos. Classificação: 18 anos. Capacidade: 302 lugares.
Desconto de 50% na compra de até dois ingressos para os colaboradores da Petrobras (mediante apresentação do crachá) e para clientes do Cartão Petrobras (mediante apresentação do cartão)
Para credenciamento, encaminhe pedidos para imprensa@pompeia.sescsp.org.br

Informações para a imprensa:
Assessoria de Imprensa Sesc Pompeia
Dih Lemos e Guilherme Barreto
Estagiários: Mari Carvalho
Coordenador de comunicação: Igor Cruz
Telefone: (11) 3871-7720 / 7776

Assessoria de Imprensa
Canal Aberto
Márcia Marques | Daniele Valério
Contatos: (11) 2914 0770 | 9 9126 0425
marcia@canalaberto.com.br | daniele@canalaberto.com.br

Créditos: Márcia Marques | Canal Aberto

Sesc Pompeia recebe Festa de Inauguração do grupo brasiliense Teatro do Concreto; inspiração para o espetáculo veio das frases escritas por operários em 1959 na construção do Congresso Nacional

Festa de Inauguração – Foto de ensaio de Diego Bresani

Festa de Inauguração é uma série de reflexões sobre o ato de destruir e reconstruir – ciclo constante na humanidade

Espetáculo marca primeira temporada do Teatro do Concreto, de Brasília, em São Paulo. Em 2019, a companhia reconhecida por suas interações com o espaço urbano e intervenções pública completa 16 anos.

Em 2011, durante uma manutenção no salão verde do Congresso Nacional que consistia em quebrar paredes para se descobrir as causas de um vazamento, foram encontradas frases escritas pelos operários responsáveis pela construção do prédio, inaugurado em 1960. As mensagens, que previam um futuro melhor para o país e a crença nas instituições democráticas do Brasil, foram lidas pelos integrantes da companhia brasiliense Teatro do Concreto como uma das inúmeras narrativas criadas ao longo do tempo que só são reveladas a partir de um processo de destruição. Com dramaturgia de João Turchi e direção de Francis Wilker, o espetáculo Festa de Inauguração estreia dia 30 de maio, quinta-feira, 21h30, no Sesc Pompeia.

Construída sem tomar como base a noção de personagens ou de começo-meio-fim, Festa de Inauguração tem uma dramaturgia tecida a partir das falas e narrativas que não são reveladas espontaneamente, mas sim através da destruição. “Notamos que no percurso da humanidade, nas artes e nas trajetórias pessoais, existem narrativas soterradas que precisam vir à tona e, normalmente, esse processo acontece por meio da destruição”, diz Francis Wilker, diretor da montagem.

Para Wilker, o gesto de destruir ganha novas camadas e pode ser lido como uma metáfora para desmontes de políticas públicas, silenciamento de grupos minoritários, revisionismos históricos e reflexão sobre a história da arte. Esse ponto de partida foi endossado por uma série de seminários promovidos pela companhia que reuniu sociólogos, arquitetos, artistas visuais, rappers e dramaturgos para dialogarem sobre a possibilidade de se “ler” a cidade como um livro.

“Nos dedicamos a pensar na cidade como algo repleto de textos que precisam ser lidos, de discursos que precisam vir à tona”, diz o diretor, ressaltando que essa pesquisa fez com que Festa de Inauguração não fosse uma peça que falasse pelos operários ou sobre o processo de construção de Brasília, mas sim que esses fossem os elementos disparadores de uma série de reflexões sobre o ato de destruir e reconstruir – ciclo constante na humanidade.

João Turchi, artista goiano que reside em São Paulo, apesar de já ter trabalhado com Francis Wilker, escreve pela primeira para o Teatro de Concreto. Na construção dramatúrgica, Turchi decidiu dar luz à questão da história como algo que sempre foi manipulado pelo homem. “Esses textos encontrados em Brasília apontavam uma possibilidade de futuro pensada por esses trabalhadores – podemos associar essas imagens às inscrições rupestres de uma caverna, por exemplo. O que esses registros têm a nos dizer nos dias de hoje? Como contar isso a outro? Quais são as possíveis narrativas que existem aí?”, questiona.

A partir dessa provocação e das características que já são comuns ao grupo, como uma relação direta com a plateia e criação de peças que não se resumem a um só espaço cênico, Festa de Inauguração começa nas imediações do Sesc Pompeia. Dessa forma, a peça cria as metáforas a partir de um olhar arqueológico, onde o fim representa a continuidade de um ciclo que irá gerar novas leituras sobre o que foi destruído.

Sobre a experiência de dar a largada na primeira temporada em São Paulo, Francis Wilker espera trazer para a cidade as marcas que mais consagram a história do Teatro do Concreto, como a relação com o espaço alternativo e sua conexão com a cidade. “Brasília é uma cidade urbana, onde há muito concreto, e nosso grupo nasce sob essa égide”, conta. O diretor também destaca o fato de a companhia sempre trabalhar a partir de textos inéditos e das montagens dialogarem com a performance e não com um modelo tradicional de teatro.

Festa de Inauguração tem ainda cenário e figurino assinados por André Cortez, luz de Guilherme Bonfanti, do Teatro da Vertigem; e elenco composto por Gleide Firmino, Micheli Santini, Adilson Diaz e Diego Borges.

Teatro do Concreto

Fundado em 2003, o Teatro do Concreto é um grupo de Brasília que reúne artistas interessados em dialogar com a cidade e seus significados simbólico e real por meio da criação cênica. Assume, desde sua origem, a diversidade e a pesquisa como princípios de gestão e composição artística, mobilizando criadores de diversas regiões do Distrito Federal e aprofundando a interação com diferentes artistas e áreas do conhecimento.

Suas criações se orientam pela perspectiva do processo colaborativo e se caracterizam, principalmente, pela elaboração de uma dramaturgia própria, pela radicalização no uso de depoimentos pessoais, pela investigação da cena no espaço urbano, pela relação com as práticas da performance e pela busca por diferentes modos de engajar o espectador.

Ao longo de sua trajetória, o grupo estreou nove espetáculos e intervenções cênicas, publicou três obras de referência para o campo da pesquisa teatral e realizou diversos projetos de interação com a comunidade os quais extrapolam a dimensão dos palcos, consolidando-se como referência para o teatro de grupo na região Centro-Oeste.

Ganhou projeção nacional com a circulação dos espetáculos Diário do Maldito (2006) – que recebeu o Prêmio SESC do Teatro Candango nas categorias de Melhor Atriz e Melhor Cenografia – e Entrepartidas (2010) – que recebeu o Prêmio SESC do Teatro Candango nas categorias de Melhor Espetáculo, Melhor Direção, Melhor Ator e Melhor Dramaturgia. As principais criações do grupo são Sala de Espera (2003); Borboletas têm vida curta (2006); Diário do Maldito (2006); Inútil Canto E Inútil Pranto Pelos Anjos Caídos (2007); Ruas Abertas (2008); Entrepartidas (2010), Mirante (2010); Extraordinário (2014) e Festa de Inauguração (2019).

SINOPSE

Festa de Inauguração é uma obra sobre a destruição. Quatro atores recolhem os cacos que sobraram do choque entre placas tectônicas, das inundações, das bibliotecas em chamas, das estátuas que perderam a cabeça e dos nossos próprios corpos, palavras e desejos. Ao vasculhar ruínas, descobrem discursos que nunca foram inaugurados, fósseis sem palavras. O difícil é escolher entre aquilo que sobrou o que tem relevância para a linha do tempo que fica.

FICHA TÉCNICA
Elenco: Gleide Firmino, Micheli Santini, Adilson Diaz, Diego Borges
Direção: Francis Wilker
Dramaturgia e codireção: João Turchi
Assistente de direção: Diego Borges
Light design: Guilherme Bonfanti
Assistente de Iluminação: Higor Filipe
Estagiários de Iluminação: Diogo Sikins e Emanuela Maia
Cenografia e Figurinos: André Cortez
Assistente de Cenografia e figurinos: Marina Fontes
Direção musical: Diogo Vanelli
Projeções e registro audiovisual: Thiago Sabino e Fábio Rosemberg
Colaborações artísticas: Nei Cirqueira, Kenia Dias, Edson Beserra, José Regino e Giselle Rodrigues
Produção Executiva: Tatiana Carvalhedo (Carvalhedo Produções)
Produção Nacional: Júnior Cecon
Coordenação Administrativa Teatro do Concreto: Ivone Oliveira
Debates temáticos que alimentaram o processo criativo: Edson Farias (sociólogo), George Alex da Guia (arquiteto e urbanista), Íris Helena (artista visual), João Estevam de Argos (arqueólogo) e Thabata Lorena (cantora, compositora e MC).
Agradecimentos: Daniele Sampaio, Cynthia Margareth, Felipe Sabatini, Glauber Coradesqui, Gustavo Colombini, Guilherme Giufrida, João Gabriel Dantas, Laysa Elias, Jéssica Varrichio, Carol Bianchi, Viviane Garbelini, Cristina Carvalhedo, UNIPAZ, Samuel Araújo, Cristina Nogueira, Elenice Barbosa, João Generoso, SESC Estação 504 Sul (DF); Rodrigo Quintiliano (Restaurante C’est La Vie, DF); Casa dos Quatro; IESB; Vania Praia (Praia Salão de Boniteza, DF); Teatro da Vertigem.

SERVIÇO
Festa de Inauguração
De 30 de maio a 23 de junho de 2019
Quintas, sextas e sábados, às 21h30, e domingos e feriado (20/06), às 18h30
Local: Espaço Cênico do SESC Pompeia (R. Clélia, 93 – Água Branca, São Paulo).
Ingressos: R$ 20 (inteira), R$ 10 (meia) e R$ 6 (credencial plena).
Duração: 80 minutos. Classificação: 18 anos.

Assessoria de Imprensa
Canal Aberto
Márcia Marques | Daniele Valério
Contatos: (11) 2914 0770 | 9 9126 0425
marcia@canalaberto.com.br | daniele@canalaberto.com.br
Para credenciamento, encaminhe pedidos para imprensa@pompeia.sescsp.org.br

Informações para a imprensa:
Assessoria de Imprensa Sesc Pompeia
Dih Lemos e Guilherme Barreto
Estagiários: Mari Carvalho
Coordenador de comunicação: Igor Cruz
Telefone: (11) 3871-7720 / 7776

Créditos: Márcia Marques | Canal Aberto

Black Brecht e se Brechet Fosse Negro? estreia no Sesc Pompeia

Black Brecht | Crédito: Cristina Maranhão

Peça, que tem direção de Eugênio Lima e dramaturgia de Dione Carlos, é livremente inspirada na peça O Julgamento de Luculus, de Bertolt Brecht; temporada vai de 18 de abril a 5 de maio no Teatro da Unidade.

Livremente inspirada na peça “O Julgamento de Luculus”, de Bertolt Brecht, estreia no Sesc Pompeia temporada de Black Brecht, e se Brecht Fosse Negro. A peça fica em cartaz aos sábados, 21h, e domingos, 18h30, no Teatro da Unidade, de 18 de abril a 5 de maio.

Perante o Supremo Tribunal do Reino das Sombras apresenta-se Luculus Brasilis, o general civilizador, que precisa prestar contas da sua existência na terra para saber se é digno de adentrar no Reino dos Bem-Aventurados. Sob a presidência do juiz dos Mortos, cinco jurados participam do julgamento: um professor, uma peixeira, um coveiro, uma ama de leite e um não-nascido. Estão sentados em cadeiras altas, sem mãos para segurar nem bocas para comer, e os olhos há muito apagados. Incorruptíveis.

A partir deste enredo a trama da peça foi sendo construída, com início durante a ocupação do Legítima Defesa, no próprio Sesc Pompéia, em novembro de 2017. Em duas imersões abertas ao público (estudos e dramaturgia), foram dez dias de trabalho. Em março de 2018, também na Unidade, foi apresentado ao público mais uma etapa, com um módulo de imersão (encenação).

Em junho de 2018 o projeto Black Brecht: E se Brecht fosse Negro? Foi comtemplado com o Prêmio Zé Renato de apoio à produção e desenvolvimento da atividade teatral para a cidade de São Paulo. A partir daí, durante nove meses o grupo Legítima Defesa se debruçou sobre aquilo que começou como uma provocação: E se Brecht fosse Negro? Nesta provocação, se Brecht fosse negro qual seria o lugar ocupado pela raça? Sua obra seria lida por uma perspectiva interseccional? Unindo classe, raça e gênero? Seria possível construir um espetáculo sobre uma perspectiva afro brasileira diaspórica da obra e dos procedimentos de Brecht?

Para compor o texto de Black Brecht, foram utilizados diversos materiais – escrituras coletivas, dramaturgias sonoras, gestos, outras imersões públicas, exposições e diversas intervenções urbanas.

Sobre o Legítima Defesa

Legítima Defesa é um coletivo de artistas/atores/atrizes de ação poética, portanto política, da imagem da “negritude”, seus desdobramentos sociais históricos e seus reflexos na construção da “persona negra” no âmbito das linguagens artísticas. Constituindo desta forma um diálogo com outras vozes poéticas que tenham a reflexão e representação da “negritude” como tema e pesquisa.
Este ato de guerrilha estética surge da impossibilidade, surge da restrição, surge da necessidade de defender a existência, a vida e a poética. Surge do ato de ter voz.

Ser invisibilizado é desaparecer, desaparecer é perder o passado e interditar o futuro, portanto não é uma opção.

Formado em 2015, o coletivo apresentou a performance poético-política “Em legítima defesa” na Mostra internacional de Teatro de São Paulo de 2016. Em 2017, estreou o espetáculo “A missão em fragmentos – 12 cenas de descolonização em legítima defesa” na programação da Mostra internacional de Teatro. Tem em sua bagagem uma série de Intervenções Urbanas. Atualmente, finaliza o processo da pesquisa “Black Brecht – e se Brecht fosse negro?”, projeto contemplado pelo Prêmio Zé Renato 2018.

Ficha técnica
Direção: Eugênio Lima
Dramaturgia: Dione Carlos
Elenco: Eugênio Lima, Walter Balthazar, Luz Ribeiro, Jhonas Araújo, Palomaris Mathias, Tatiana Rodrigues Ribeiro, Fernando Lufer, Luiz Felipe Lucas, Luan Charles e Marcial Mancome. Ator Convidado: Gilberto Costa
Co-produção: Associação Cultural Núcleo Corpo Rastreado e Umbabarauma Produções Artísticas
Produção Executiva: Iramaia Gongora e Gabi Gonçalves
Cenário: Renano Bolelli
Preparação Corporal e Coreografia: Luaa Gabanini e Iramaia Gongora
Danças Urbanas Africanas: Mister Prav
Preparação Vocal e Spoken Word: Roberta Estrela D’Alva
Figurino: Claudia Schapira
Direção Musical: Eugênio Lima e Neo Muyanga
Música: Luan Charles, Eugênio Lima, Neo Muyanga, Dropê Selva, Roberta Estrela D’alva e Suyá Nascimento.
Vídeo Intervenção: Bianca Turner
Fotografia: Cristina Maranhão
Vídeo documentário: Ana Júlia Travia
Direção de arte gráfica: Jader Rosa
Design: Estúdio Lume
Operador de som: João de Souza Neto e Clevinho Souza

SERVIÇO:
Black Brecht e se Brecht Fosse Negro?
De 18 abril a 5 de maio de 2019, quinta a sábado, às 21h, domingo, às 18h.
Dia 19/4 (quinta – feriado) não haverá sessão.
1º/05 (quarta- feriado), às18h.
Teatro
*O Teatro do Sesc Pompeia possui lugares marcados e galerias superiores não numeradas. Por motivo de segurança, não é permitida a permanência de menores de 12 anos nas galerias, mesmo que acompanhados dos pais ou responsáveis.
Ingressos: R$7,50 (credencial plena/trabalhador no comércio e serviços matriculado no Sesc e dependentes), R$12,50 (pessoas com +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino) e R$25 (inteira).
Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 18 anos.
Duração: 90 minutos aproximadamente
Sesc Pompeia – Rua Clélia, 93.
Não temos estacionamento. Para informações sobre outras programações, acesse o portal
sescsp.org.br/pompeia
Nos acompanhe!
instagram.com/sescpompeia
facebook.com/sescpompeia
twitter.com/sescpompeia
Para credenciamento, encaminhe pedidos para imprensa@pompeia.sescsp.org.br

Informações para a imprensa:
Assessoria de Imprensa Sesc Pompeia:
Diego Lemos e Guilherme Barreto
Estagiários: Mari Carvalho e Malu Mões
Coordenador de comunicação: Igor Cruz
Telefone: (11) 3871-7720 / 7776

Assessoria de Imprensa
Com Canal Aberto
Márcia Marques | Carol Zeferino | Daniele Valério
Contatos: (11) 2914 0770 | 9 9126 0425
marcia@canalaberto.com.br | carol@canalaberto.com.br | daniele@canalaberto.com.br

Créditos: Márcia Marques | Canal Aberto

Altissonante! Traz circo ao Sesc Pompeia

Créditos: divulgação

Utilizando-se de várias técnicas circenses, como paradas de mãos, acrobacias aéreas, canto e dança, Lu Menin interpreta uma figura feminina múltipla, com seus sentimentos, afazeres domésticos, amores e vida profissional.

A partir da parceria com Lu Lopes, bastante conhecida do público pela sua Palhaça Rubra, Lu Menin aborda em seu primeiro solo as várias facetas da vida de uma mulher, com pinceladas autobiográficas e doses de humor. Em Altissonante!, que será apresentado no Teatro do Sesc Pompeia, de 4 a 7 de abril de 2019, Menin se vale de paradas de mãos, acrobacias aéreas, canto e dança para montar um espetáculo enérgico e sonoro.

“Eu estava pensando em fazer um trabalho novo, um número de circo, mas com os afazeres, filhos etc… o tempo estava escasso. Teve um momento que quase desisti”, conta Lu Menin. “Quando iniciei a parceria com a Lu Lopes, o trabalho foi avançando de tal forma que ela disse: ‘Lu você está pronta para o trabalho solo.’ E foi daí que o espetáculo tomou mais corpo e foi agregando mais gente”, conta a circense.

O cenário de Altissonante! foi pensado a partir de um oratório em que Menin usa para abrir seu coração para o público. “O oratório e uma mini corda marinha se transformam em um ‘aereotório’; um oratório em que ela pode voar”, descreve a diretora.

Lu Menin, que há 23 anos vive o mundo circense, sempre foi ligada a companhias de destaque como o Circo Zanni, do qual é sócia, Circo Amarillo, Circo Mínimo e Cias Linhas Aéreas, entre outras.

SERVIÇO:
Altissonante!
com Lu Menin direção de Lu Lopes.
De 4 a 7 de abril de 2019, quinta a sábado, às 21h, domingo, às 18h
Teatro
*O Teatro do Sesc Pompeia possui lugares marcados e galerias superiores não numeradas. Por motivo de segurança, não é permitida a permanência de menores de 12 anos nas galerias, mesmo que acompanhados dos pais ou responsáveis. Abertura da casa com 30 minutos de antecedência ao início do show.
Ingressos: R$9 (credencial plena/trabalhador no comércio e serviços matriculado no Sesc e dependentes), R$15 (pessoas com +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino) e R$30 (inteira).
Duração: 40 minutos
Venda online a partir de 19 de março, terça-feira, às 12h.
Venda presencial nas unidades do Sesc SP a partir de 20 de março, quarta-feira, às 17h30.
Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 18 anos.
Sesc Pompeia – Rua Clélia, 93.
Não temos estacionamento. Para informações sobre outras programações, acesse o portal
sescsp.org.br/pompeia

Nos acompanhe!
instagram.com/sescpompeia
facebook.com/sescpompeia
twitter.com/sescpompeia

Para credenciamento, encaminhe pedidos para imprensa@pompeia.sescsp.org.br
Informações para a imprensa:
Assessoria de Imprensa Sesc Pompeia:
Dih Lemos e Guilherme Barreto
Estagiários: Mari Carvalho
Coordenador de comunicação: Igor Cruz
Telefone: (11) 3871-7720 / 7776

Assessoria de Imprensa
Com Canal Aberto
Márcia Marques | Carol Zeferino | Daniele Valério
Contatos: (11) 2914 0770 | 9 9126 0425
marcia@canalaberto.com.br | carol@canalaberto.com.br | daniele@canalaberto.com.br

Créditos: Canal Aberto

 

Grupo XPTO estreou Oroboro no Sesc Pompeia

Cena de Oroboro | Crédito da foto: divulgação

Recém-chegado do festival indiano The Ishara Puppet Theatre Trust, grupo paulistano XPTO estreia seu mais recente espetáculo no Sesc Pompeia; temporada vai até abril.

Recém-chegado da Índia, onde foi o único representante latino-americano no festival The Ishara Puppet Theatre Trust, o grupo de teatro XPTO estreia no Sesc Pompeia temporada da peça Oroboro. As apresentações acontecem no Espaço Cênico da Unidade, de 14 de março a 07 de abril, quintas, sextas e sábados, às 21h30, domingo, às 18h30.

Oroboro se desenvolve como uma fábula na qual personagens do mundo real estão sujeitos à ação de entidades mitológicas e também à intervenção do artista (ator-manipulador) que terá a função de alterar os rumos da história.

O enredo fala de um náufrago que, na iminência de sua morte, se vê diante do dilema de se deixar devorar por urubus ou atirar-se ao mar. Confrontando a fatalidade do destino, ele escolhe o caminho do desconhecido, mergulhando nas águas profundas do oceano. Numa ilha próxima, uma enorme serpente deixa um estranho ovo que provoca a curiosidade e a ambição dos seres que habitam o lugar. Humor, mistério, trapaças, lutas pelo poder, revolta, aniquilação são alguns dos temas abordados de forma simbólica em Oroboro, uma alegoria sobre o caráter cíclico da existência.

Esta montagem utiliza a linguagem de teatro de bonecos e formas animadas. A narrativa é desenvolvida sem a utilização da palavra, sendo conduzida tanto pela música executada ao vivo, como pela ação dos atores que manipulam os bonecos e objetos, emitindo ruídos guturais que funcionam como vozes dos personagens.

Manipulando os personagens estão quatro atores, com bonecos construídos a partir de materiais orgânicos como cabaças, galhos e troncos de árvores.

A trilha musical original, executada ao vivo por Beto Firmino (diretor musical do espetáculo), foi composta a partir do violão e do canto em contraposição a sons sampleados de objetos utilizados na cena. A direção da peça, bem como a criação da cenografia e dos bonecos está a cargo de Osvaldo Gabrieli, diretor artístico do Grupo XPTO.

Sobre o grupo XPTO:
Grupo XPTO – Teatro e performances com grande apelo visual e musical – foi fundado em 1984 participando na formação de um teatro brasileiro contemporâneo. Com um histórico expressivo dentro do panorama teatral, apresentou-se em diversas capitais brasileiras e também no exterior (Argentina, Uruguai, Venezuela, Colômbia, Espanha, França, Portugal, Iugoslávia e Hong Kong), obtendo sempre grande sucesso de público e de crítica. Recebeu, ao longo dos mais de 30 anos de carreira, 40 dos mais importantes prêmios do teatro brasileiro (APCA, Mambembe, Shell, APETESP, Governador do Estado, Fundacen, Coca Cola e Panamco, entre outros).

Ficha técnica
Direção, cenografia, bonecos e iluminação: Osvaldo Gabrieli | Direção musical e músico: Beto Firmino | Elenco: Bruno Caetano, João Bernardes, Mateus Rosa e Ozamir Araújo

SERVIÇO:
Oroboro
De 14 de março a 07 de abril
Quintas, sextas e sábados, às 21h30, domingo, às 18h30
Espaço Cênico
Ingressos: R$6 (credencial plena/trabalhador no comércio e serviços matriculado no Sesc e dependentes), R$10 (pessoas com +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino) e R$20 (inteira).
Venda online a partir de 19 de fevereiro, terça-feira, às 12h.
Venda presencial nas unidades do Sesc SP a partir de 20 de fevereiro, quarta-feira, às 17h30.
Classificação indicativa: 10 anos
Duração: 50 minutos
Sesc Pompeia – Rua Clélia, 93.
Não temos estacionamento. Para informações sobre outras programações, acesse o portal sescsp.org.br/pompeia

Nos acompanhe!
instagram.com/sescpompeia
facebook.com/sescpompeia
twitter.com/sescpompeia
Para credenciamento, encaminhe pedidos para imprensa@pompeia.sescsp.org.br

Informações para a imprensa:
Assessoria de Imprensa Sesc Pompeia:
Diego Lemos e Guilherme Barreto
Estagiária: Mari Carvalho
Coordenador de comunicação: Igor Cruz
Telefone: (11) 3871-7720 / 7776

Assessoria de Imprensa
Com Canal Aberto
Márcia Marques | Carol Zeferino | Daniele Valério
Contatos: (11) 2914 0770 | 9 9126 0425
marcia@canalaberto.com.br | carol@canalaberto.com.br | daniele@canalaberto.com.br

Créditos: Daniele Valério | Canal Aberto